Um estudo da ANTT revelou que a Rota Tuiuiú, que inclui o trecho sul da BR-163 e a BR-267, terá um dos pedágios mais caros do país. No entanto, o projeto prevê a duplicação de apenas 29 dos 714,4 km que serão concedidos. O custo de investimento na rodovia, de acordo com a Infra, será de R$ 12 bilhões, com R$ 6,8 bilhões destinados às obras de ampliação e melhoria e R$ 5,2 bilhões para manutenção, sem incluir a duplicação.
O modelo de concessão proposto para a Rota Tuiuiú é semelhante ao da Rota Pantanal, que inclui o trecho norte da BR-163. A vencedora do leilão será responsável apenas pela construção de faixas adicionais em alguns trechos, e a maior parte da rodovia continuará sendo de pista simples.
A proposta prevê a construção de passarelas, rotatórias e viadutos, bem como a construção de 155 km de faixa adicional, sendo 98 km na BR-163 e 57,5 km na BR-267. Nenhum quilômetro da rodovia entre Nova Alvorada do Sul e São Paulo será duplicado.
Apesar da manutenção da pista simples, o pedágio na BR-163 terá um aumento de 138%, passando de R$ 7,29 para R$ 17,40 a cada 100 km. A expectativa é que a BR-267 tenha quatro praças de pedágio, enquanto a BR-163 já conta com cinco.
No entanto, o valor estipulado para o pedágio na Rota Tuiuiú é o mais alto entre as cinco concessões de rodovias em estudo. O valor médio na Rota Sertaneja, que inclui as BRs 153 e 262 em Goiás, será de R$ 12,89, o que significa que o valor cobrado em Mato Grosso do Sul será 35% mais caro.
Embora o estudo de viabilidade técnica ainda não tenha sido oficialmente incluído no cronograma de concessão da ANTT, a agência planeja realizar uma audiência pública e definir o edital após concluir o levantamento.
A bancada federal e os políticos prometem se mobilizar para garantir a duplicação total da BR-163 como forma de promover um trânsito seguro e condições adequadas para o desenvolvimento econômico do estado.