Dourados, 17 de Julho de 2025

Dólar fecha em queda pela 12ª vez seguida, cotado a R$ 5,77

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O dólar recuou mais uma vez nesta terça-feira (4), a R$ 5,77, renovando mais uma vez o menor patamar desde novembro. Após uma disparada no fim de 2024, a cotação agora acumula 12 dias consecutivos em queda.

Os investidores avaliam que o “tarifaço” proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veio mais fraco do que se previa. Trump anunciou no fim de semana que cobraria 25% sobre produtos do México e Canadá, mas negociou acordos com ambos os países para suspender a medida por um mês.

A China também será taxada pelos EUA, e nesta terça respondeu às medidas de Trump anunciando que vai cobrar tarifas sobre petróleo e gás vendidos pelos americanos. Apesar disso, o mercado ainda interpreta que as ameaças tarifárias de Trump estão perdendo força.

Analistas consideram que as tensões entre EUA e China possam ter o mesmo resultado que a pressão sobre México e Canadá. “A retórica superagressiva de Trump parece ser, de fato, o que todos suspeitavam desde o início: uma grande alavanca para negociar acordos comerciais e atender outros objetivos políticos”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, à agência Reuters.

Na agenda do dia, destacam-se os novos dados de atividade dos Estados Unidos e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. No documento divulgado nesta terça-feira, a instituição projeta uma inflação acima da meta pelo menos até junho deste ano e destaca a preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve “se propagar para o médio prazo”.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em baixa.

O dólar fechou em queda de 0,76%, cotado a R$ 5,7712. Com o resultado, acumulou queda de 1,13% na semana e no mês, e recuo de 6,61% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,38%, cotada a R$ 5,8153.

O Ibovespa fechou em queda de 0,65%, aos 125.147 pontos. Com o resultado, acumulou queda de 0,78% na semana e no mês, e ganho de 4,05% no ano. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,13%, aos 125.971 pontos.

Os desdobramentos do “tarifaço” imposto pelo presidente dos EUA continuam a impactar os mercados globais. Nesta terça-feira, a China impôs novas tarifas sobre importações dos EUA, em retaliação às taxações norte-americanas. O gigante asiático determinou um imposto de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10). A leitura é que esse “tarifaço” tem perdido a força, pois na segunda-feira Trump já recuou de suas ameaças e fez acordo com o México e Canadá para pausar tarifas durante um mês.

No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a ata da última reunião do Copom, que decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual. No documento, o comitê afirmou que as expectativas de inflação aumentaram significativamente nos últimos meses, para o curto, médio e longo prazo. As projeções indicam uma inflação acima da meta pelos próximos seis meses.

A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é uma inflação de 3% – considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Se as projeções se concretizarem, 2025 pode ter um novo estouro da meta de inflação. Entre os fatores que pressionam a inflação, o Copom destaca a alta dos preços dos alimentos e a pressão do dólar sobre a economia.

Com esses fatores em mente, a instituição já indicou um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, o que deve levar a taxa Selic a 14,25% ao ano. Outras altas ainda são esperadas, e o mercado projeta os juros a 15% ao ano até o fim de 2025.

Juros mais altos atraem mais investidores, pois os títulos públicos passam a oferecer rentabilidades mais atrativas. Isso pode ajudar a reduzir a pressão do dólar. No exterior, foram divulgados os dados da indústria dos EUA. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano, as novas encomendas de produtos manufaturados caíram em dezembro, puxadas por um declínio nas reservas de aeronaves civis. A demanda em outros setores, no entanto, foi firme. Além disso, as vagas de emprego em aberto na maior economia do mundo também recuaram no último mês de 2024. O número baixo de demissões, por outro lado, ainda sugere que o mercado de trabalho não está desacelerando abruptamente.

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