A bancada federal de Mato Grosso do Sul na Câmara voltará a se dividir em uma votação. Desta vez, na que decidirá sobre cassação ou não do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL).
Titular da Comissão de Ética da Câmara, o deputado federal Marcos Pollon (PL) foi o primeiro a se posicionar, declarando voto favorável à cassação.
Os deputados do PT, Camila Jara e Vander Loubet, são contrários à cassação. “Cassar o mandato de @glauberbraga_oficial é dar um aval para a provocação e o desrespeito virarem rotina nesta Casa. Não vamos ficar parados vendo essa injustiça acontecer”, postou Camila na rede social.
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) declarou que votará contra a cassação. Já Beto Pereira disse que ainda não analisou o caso. “Não parei para ler o processo ainda. Vou ler para tomar a decisão”.
A assessoria do deputado Luiz Ovando (PP) disse que ele ainda não tomou uma decisão. A reportagem questionou os deputados Rodolfo Nogueira (PL) e Dagoberto Nogueira (PSDB) sobre votos, mas eles não se pronunciaram.
O Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 13 votos a cinco, o pedido de cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
O deputado é acusado de expulsar da Câmara o influenciador Gabriel Costenaro, integrante do MBL, aos chutes. Costenaro teria feito insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo, que na época estava doente. Ela faleceu 22 dias após o ocorrido.
Para que o deputado seja cassado, é preciso que a maioria absoluta da Casa, 257 deputados, vote pela punição.
O deputado Glauber Rocha chegou a fazer greve de fome em protesto e só encerrou com a promessa de que a Câmara não levará à votação neste semestre.
“Não se trata de um apelo individual pra salvar um mandato. É uma denúncia contra a perseguição de Arthur Lira e contra o orçamento secreto. Luto por dignidade. Estou junto com aqueles que não se dobram ao poder da grana”, postou na rede social.