A CCR MSVia completou em 2024 dez anos de gestão da BR-163 em Mato Grosso do Sul. Só em pedágios, a receita líquida da concessionária foi de R$ 229,276 milhões, um aumento de 27,8% em relação a 2023, quando o montante atingiu R$ 179,458 milhões. Nessa década de comando da rodovia, a companhia atingiu a marca de R$ 2,345 bilhões em receitas de pedágio e acessórias.
Os dados estão nas demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2024 e 2023. A receita bruta da CCR MSVia nos 12 meses do ano passado foi de R$ 302,928 milhões, que resultou em rendimento operacional líquido total de R$ 272,239 milhões.
A CCR MSVia também informou alguns dados referentes ao acumulado desde o início da concessão, oficialmente assumida em 11 de abril de 2024, 30 dias após a assinatura do contrato, que tem duração de 30 anos.
Nesses 10 anos, a receita com pedágios e acessórias somaram R$ 2,345 bilhões; foram R$ 1,868 bilhão em investimentos, R$ 4,513 bilhões em custos operacionais, e R$ 235,494 milhões repassados para as prefeituras cujos municípios são cortados pela BR-163.
FUTURO: A CCR MSVia deve continuar no controle da BR-163, mas a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a publicação do edital do leilão de 845,9 quilômetros da rodovia em Mato Grosso do Sul, o que abre brecha para uma concorrente assumir a concessão. O leilão está programado para 22 de maio, na B3, em São Paulo. A repactuação do contrato assinado em 2014 foi necessária diante de reclamações da empresa sobre desequilíbrio financeiro, problema que tem travado obras há quase uma década em diversas concessões.
Com um investimento total estimado em mais de R$ 17 bilhões ao longo de 29 anos, o projeto prevê a duplicação de 203 km de estrada, a construção de 147,77 km de faixas adicionais e a implementação de 28,82 km de contornos, além de melhorias no traçado de 22,99 km de vias marginais.