Dourados, 02 de Outubro de 2025

Mãe busca filho desaparecido no Paraguai após falta de apoio oficial
Mãe busca filho desaparecido no Paraguai após falta de apoio oficial
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O dia 4 de outubro de 2022 mudou completamente a vida da paranaense Isabel Streski. Foi nessa data, há dois anos e quatro meses, que o filho dela, Antonio Augusto Streski Manjinski, desapareceu no Paraguai, onde estudava medicina. Sem ter respostas da polícia sobre o paradeiro do jovem, cujo sumiço não deixou pistas, a mulher decidiu fazer a própria investigação e mudou para o país vizinho — onde mora até hoje.

Além de se dedicar a encontrar o próprio filho, ela usa a experiência que vem adquirindo nas buscas para ajudar pessoas que passam por situações semelhantes. Isabel contou ter criado uma associação para famílias de desaparecidos e disse que já auxiliou a encontrar 83 pessoas, enquanto continua buscando pelo filho.

“Isso é o que mais me desconsola, porque eu consigo encontrar tanta gente, e peguei uma experiência tão grande […] E não encontrar uma pista que seja em relação ao Antonio Augusto, isso me desespera”, afirma a mulher.

Antonio Augusto Streski Manjinski é paranaense e está desaparecido no Paraguai. Ele era natural de Ponta Grossa, no Paraná, e tinha 25 anos quando sumiu na cidade de Mariano Roque Alonso, na região metropolitana da capital Assunção, onde morava. Ele estava no último ano de graduação na Universidad María Auxiliadora (Umax) e residia no país desde 2016. À época, Isabel reportou o caso ao Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty. Ela acredita que o filho foi alvo de um crime, mas as investigações — tanto dela quanto da polícia — nunca chegaram a nenhum suspeito ou indício concreto do que pode ter acontecido.

“São algumas hipóteses que eu levanto, que não podemos muito tocar no assunto sem ter provas. […] Mas eu não vou desistir, vou encontrar meu filho da forma que for. Ele foi esperado, ele foi sonhado, ele foi desejado. […] Então eu não vou abandoná-lo; seja da forma que for, eu vou encontrá-lo”, afirma Isabel.

Isabel fez campanhas para tentar conseguir ajuda na busca pelo filho e estava morando nos Estados Unidos quando ele sumiu. Desde então, a mãe investiga o caso por conta própria e também se dedicou a ajudar outros em situações semelhantes. O desaparecimento do filho motivou a criação de uma associação, que já conta com familiares de mais de 80 pessoas desaparecidas no Paraguai.

Para Isabel, o que mais dói é não ter certeza do que aconteceu com o filho. “A dor é muito grande, porque quando o filho morre e você o enterra ali, você sabe que ele está ali. Você vai ali, você reza, você faz suas orações — mas você sabe que não tem mais o que fazer. Já quando você não tem notícia, você vive naquela incógnita… Eu sento para comer e penso: será que o meu filho não está passando fome? […] É desesperador. É só quem passa pra saber a dor de uma mãe que sabe o desespero que é.”

Fonte: g1

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