A estratégia adotada por Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB), de adotar apenas três partidos para a disputa, falta de recurso financeiro e as federações partidárias reduzirão consideravelmente o número de candidatos na próxima eleição em Mato Grosso do Sul.
Para o cargo de deputado estadual, por exemplo, onde geralmente há um número maior de candidatos, a redução deve ser bastante significativa. Na eleição de 2022, foram 397 candidatos para 24 vagas, em uma média de 16,54 disputando uma cadeira.
Participaram da disputa 21 partidos: Agir, Avante, Cidadania, Democracia Cristã, MDB, Patriota, PT/PcdoB/PV, PDT, PL, Podemos, PP, Pros, PRTB, PSB, PSD, PSDB, PSOL/Rede, PTB, Republicanos, Solidariedade e União.
Dos partidos que disputaram, seis eram da coligação liderada por Eduardo Riedel. Entretanto, para esta eleição, o grupo já avisou que investirá em apenas três partidos: PL (destino de Reinaldo), PP/União (por conta da parceria com Tereza Cristina-PP) e outro, a ser escolhido.
O grupo torce pela federação entre MDB e Republicanos, o que pode reduzir ainda mais o número de candidatos. Se formalizada a federação, o grupo pode ser o terceiro adotado pela coligação de Riedel e Reinaldo.
A aposta de Reinaldo e Riedel é de que os demais partidos tenham dificuldade para elegerem um deputado, o que deve concentrar as vagas nos três escolhidos pelo grupo. Na visão dos estrategistas tucanos, apenas o PT deve formar chapa com chance de eleição, além dos escolhidos pelo grupo.
Fora da bolha tucana, estudam a formação de uma chapa o PDT, liderado atualmente por Marquinhos Trad; PRD/Solidariedade, que anunciaram filiação recentemente e PSOL/Rede.
Partidos menores têm muita dificuldade de reunir candidatos. O Democracia, por exemplo, teve apenas três candidatos a deputado estadual na eleição passada. Desta vez, são autorizados 25 por partido.
Lideranças do MDB e Republicanos afirmam que os partidos terão coligação para deputado estadual, independentemente da estratégia de Riedel e Reinaldo. Neste caso, seriam formadas as coligações: PL, PP/União, PT, MDB, PDT, Republicanos, PSOL/Rede e PRD/Solidariedade. Considerando que todos lancem chapa e com o máximo permitido (25 por coligação), a eleição teria 200 candidatos, metade dos 397 da disputa passada.
A redução também é reflexo da falta de candidatos competitivos para o Governo do Estado. Atualmente, apenas Eduardo Riedel se apresenta como pré-candidato, uma situação muito diferente da eleição passada, onde a concorrência era muito grande.
Na eleição passada, foram oito candidatos, o que levou ao segundo turno. Além de Riedel, concorreram: Capitão Contar (PL), André Puccinelli (MDB), Rose Modesto (União), Gisele Marques (PT), Marquinhos Trad (PDT), Adonis Marcos (PSOL) e Magno de Souza (PCO).
A coligação de Riedel elegeu 13 deputados; de Puccinelli, três; Gisele, três; de Rose, dois; Marquinhos, dois; e Contar, um.
Para deputado federal, a eleição passada teve 161 candidatos para oito vagas, o que representa uma concorrência de 20,1 para cada uma das oito cadeiras. Na próxima eleição, serão permitidas apenas nove candidaturas por partido. Como o número de candidatos para uma coligação é menor, há grande possibilidade de mais candidaturas.
As candidaturas a deputado federal são de extrema importância para os partidos porque é por meio do número de eleitos para Câmara Federal que o TSE distribui o tempo de televisão e dinheiro público para os partidos.