Dourados, 14 de Julho de 2025

ALAN GUEDES TENTA REGULARIZAR DÍVIDA DE CAMPANHA, MAS DESAFIOS PERSISTEM

Publicado em:

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on email

Apesar da tentativa de regularizar sua prestação de contas eleitorais por meio da assunção de dívidas pelo Diretório Municipal do Progressistas, o prefeito Alan Guedes pode estar à beira de um novo desgaste jurídico e político. A manifestação protocolada por sua defesa junto à 43ª Zona Eleitoral de Dourados, que responde a diligências do relatório preliminar do processo de prestação de contas da campanha de 2024, expõe uma tentativa formal de transferir ao partido uma dívida de campanha no valor de R$ 262.469,00.

Contudo, a promessa feita até agora não se transformou em quitação efetiva. A dívida, que deveria ter sido paga até o dia 18 de junho de 2025, segue em aberto. O Diretório Municipal do Progressistas, mesmo com autorização da Direção Nacional e com o suposto aval político da senadora Tereza Cristina, ainda não honrou o pagamento aos credores.

A situação é delicada. Alguns credores já se mobilizam para acionar judicialmente tanto o partido quanto o próprio Alan Guedes, alegando o descumprimento do acordo. E há fundamento: os termos anexados à manifestação previam o pagamento integral em até 30 dias da assinatura — prazo que já expirou.

Esse possível calote compromete não só a relação política entre Guedes e o Progressistas, como coloca em risco direto a aprovação de sua prestação de contas pela Justiça Eleitoral. Mesmo com toda a argumentação jurídica apresentada para justificar formalidades e sanar inconsistências técnicas, o fato é que a dívida não foi paga — e, conforme jurisprudência, a inadimplência de valores assumidos por partido pode repercutir negativamente na análise das contas do candidato.

Mais do que uma falha contábil, o impasse revela fragilidade na articulação política de Alan Guedes, que agora depende da boa vontade do partido — e da efetiva liberação de recursos do Fundo Partidário — para evitar que suas contas sejam reprovadas ou tenham ressalvas comprometedoras para futuras pretensões eleitorais, tais pretensões, já se encontram bem fragilizadas, seja pelo não cumprimento de acordos com candidatos aliados, bem como, o não cumprimento financeiro com alguns coordenadores e suas equipes.

Como todos sabemos, a política é impiedosa com quem não consegue fidelizar equipe ou com aqueles que se “blindam” após a eleição; o candidato eleito ou não, nunca deve desamparar e nem ignorar suas bases, esse erro teve um impacto irreversível durante o mandato do ex-prefeito, que pelo visto, não aprendeu a lição ou não entendeu o recado.

Ao insistir na narrativa de que todos os requisitos legais foram atendidos, a defesa ignora que o cumprimento real da obrigação — o pagamento — ainda não ocorreu. E sem esse desfecho concreto, não há como encerrar o capítulo com aprovação plena das contas.

Veja
também

Curta nossa página no Facebook

E fique por dentro dos acontecimentos em Dourados e região